Fundos de Pensão x Previdência Privada: quais as diferenças?

Um dos principais objetivos de quem investe com foco no longo prazo é planejar a aposentadoria. Duas opções de produtos financeiros voltados para isso são a Previdência Privada e os Fundos de Pensão.

Os dois são planos complementares que podem servir como uma renda adicional à da previdência pública/social (INSS). Por isso, eles vêm ganhando destaque entre os investidores e também entre as empresas que desejam oferecer um benefício extra aos seus colaboradores.

Quer saber as características e as diferenças entre Fundos de Pensão e Previdência Privada? Continue a leitura e confira!

O que é Fundo de Pensão?

Os Fundos de Pensão são planos fechados de Previdência Privada. Eles são destinados a profissionais que trabalham em empresas, entidades de classe ou associações. A instituição é quem oferece a modalidade de investimento com foco na aposentadoria.

Os fundos podem ter o patrimônio alocado em ativos de renda fixa, renda variável ou no setor imobiliário. Além disso, uma pequena parcela do capital pode estar investida em produtos estruturados, como Fundos Multimercados e Certificados de Operações Estruturadas (COEs).

Nessa modalidade, quando o profissional se aposenta, passa a receber o benefício em parcelas mensais. Se ele sair da empresa, tem o direito de resgatar parte do dinheiro que contribuiu enquanto trabalhava.

Como funciona?

De forma geral, o servidor público ou o colaborador de uma empresa contribui mensalmente com uma determinada quantia, enquanto a companhia contribui com outra parte. A soma das contribuições se transforma em um complemento para a aposentadoria do profissional.

Em geral, a relação estabelecida entre o valor pago pelo colaborador e pela empresa é de 1 para 1. No entanto, para saber exatamente qual será a proporção, é importante ter atenção ao formato do contrato utilizado pela empresa.

O que é Previdência Privada?

A Previdência Privada também é uma modalidade de investimento com foco em médio e longo prazo. Ela visa garantir ao titular ou seu beneficiário uma renda futura, que normalmente é voltada para a aposentadoria ou sucessão.

A partir dos aportes, o beneficiário consegue acumular capital ao longo dos anos e poderá complementar sua renda na aposentadoria. Os planos podem envolver fundos de investimentos de renda fixa, multimercados e renda variável. Assim, podem ser uma opção para qualquer perfil de investidor.

O aporte recorrente permite um acúmulo de capital considerável ao longo do tempo e os investimentos podem trazer retornos. Além de utilizar o valor acumulado como renda na aposentadoria, outra possibilidade é fazer o resgate total do investimento.

Como funciona?

A partir dos planos de Previdência Privada, qualquer pessoa pode planejar sua aposentadoria de maneira autônoma e personalizada. Com isso, é possível complementar a aposentadoria pública e garantir um futuro financeiro mais equilibrado e adequado às suas necessidades.

Em geral, quando o investidor tem mais certeza de que manterá o valor investido no longo prazo, ele pode escolher um plano que ofereça um grau de risco maior. Planos desse tipo buscam uma rentabilidade maior para os investimentos em Previdência.

A escolha do melhor fundo para investir depende do perfil e dos objetivos de cada investidor. Como você viu, os planos de Previdência podem investir os recursos de seus participantes de diversas formas. 

Então, é importante conhecer a estratégia de alocação do capital e ver se ela respeita os limites determinados pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para a modalidade de investimento. Os limites variam de acordo com o funcionamento do fundo.

Principais características dos Fundos de Pensão e da Previdência Privada

Agora que você sabe o que é e como funciona os Fundos de Pensão e a Previdência Privada, pode conhecer as principais características de cada um deles. 

Como mostramos, a maior diferença está no Fundo de Pensão ser um investimento fechado para determinada empresa, enquanto a Previdência Privada é aberta para investidores que desejam adquirir um plano.

Confira algumas particularidades antes de decidir qual alternativa é mais interessante para você!

Taxa

Em geral, os Fundos de Pensão cobram taxas de administração usadas para a manutenção do fundo. A entidade que mantém o fundo nem sempre tem fins lucrativos. Por isso, a taxa pode ser utilizada apenas para remunerar os gestores dos recursos do plano.

A Previdência Privada também cobra taxa de administração, que é descontada da rentabilidade do fundo – e que tem o objetivo de cobrir os custos que a instituição tem ao administrar o plano de Previdência.  Além disso, pode haver a taxa de carregamento de entrada e de saída.

Segurança

A entidade que mantém o Fundo de Pensão e a Previdência é quem garante a segurança dos investimentos. Nesse sentido, também é válido conhecer a estratégia adotada pelo gestor, pois algumas aplicações podem ter riscos maiores do que outras.

Algumas instituições se destacam pelo tamanho de suas operações e pelo tempo de atuação no mercado. Avaliar tais pontos pode ajudar a reduzir os riscos nos investimentos e escolher a opção ideal para o seu caso.

Imposto de Renda (IR)

Na Previdência Privada, a forma como o Imposto de Renda é cobrado depende do tipo de plano. No Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL), os aportes podem ser deduzidos na declaração do IR — até 12% da renda tributável anual – para quem faz a declaração completa do IR e contribui para o INSS. Mas, no resgate, a alíquota de IR incide sobre o valor total.

Nos planos Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), o desconto do IR não incide sobre as contribuições, somente sobre os rendimentos. Por outro lado, não é possível deduzir as contribuições da declaração.

Na modalidade Fundo de Pensão, a forma de recolhimento do IR (regime tributário) se assemelha muito aos planos da Previdência Privada. O imposto pode incidir sobre os fundos de acordo com a tabela regressiva ou progressiva — assim como na Previdência.

De modo geral, o investidor pode escolher qual tabela terá no plano. Na tabela regressiva, a alíquota de imposto diminui de acordo com o tempo de investimento. Já no regime progressivo, ela depende do valor da renda tributável do investidor, quanto maior a renda, maior a alíquota.

Isenção de come-cotas

Não há tributação via come-cotas (antecipação de imposto de renda) nos fundos de previdência, o que torna o investimento de longo prazo mais atrativo frente aos fundos normais de renda fixa e multimercados.

Portabilidade
Nos fundos de previdência aberta é possível migrar os recursos de um fundo para outro de sua preferência, no meio do caminho (respeitando a carência mínima do plano), sem perder o prazo relativo ao imposto de renda. Já nos fundos de pensão (previdência fechada), se você quiser levar os recursos para uma entidade aberta, após a portabilidade, não há a possibilidade de resgate, somente a concessão de renda por prazo determinado ou renda vitalícia.

Você acaba de ver que os Fundos de Pensão e a Previdência Privada têm semelhanças e algumas diferenças. E que ambos podem ser opções de investimento para sua aposentadoria. 

E lembre-se de que também é possível ter ambos – Fundo de Pensão e Previdência Privada –  na sua carteira!

Agora que você sabe mais sobre o assunto, não deixe de conhecer a Fliper. Nós ajudamos o investidor a consolidar todos os investimentos em um só lugar!

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