Tesouro Direto: entenda como funcionam os títulos públicos!

Conhecer as alternativas de investimento e as suas características é essencial na hora de tomar decisões. Entre as possibilidades que estão disponíveis no mercado financeiro, há os títulos do Tesouro Nacional.

Eles oferecem diferentes modelos de rentabilidade para objetivos e perfis variados. Antes de tomar a decisão, entretanto, é preciso aumentar os seus conhecimentos. Assim, você tem mais chances de aplicar melhor os seus recursos.

Na sequência, descubra como são os títulos disponíveis para investir no Tesouro Direto e veja como decidir entre eles!

O que são os títulos do Tesouro?

Primeiramente, é preciso entender que os títulos do Tesouro Nacional representam um investimento de renda fixa. Eles são títulos públicos emitidos pelo Governo Federal e, por isso, considerado o menor risco de crédito do mercado. Quem compra um deles está emprestando dinheiro para o Governo financiar seus investimentos em troca de receber juros por este empréstimo. 

As taxas de rentabilidade variam de acordo com o título e as características são definidas no momento de aquisição. Assim, há previsibilidade na lógica de ganhos caso o título seja carregado até seu vencimento. Os recursos captados pelo Governo são utilizados em obras de infraestrutura e programas diversos.

O que é a plataforma Tesouro Direto?

Quando o assunto envolve os títulos públicos, existe uma confusão muito comum que faz com que eles sejam chamados de Tesouro Direto. No entanto, o Tesouro Direto não é a aplicação em si, mas um programa do Tesouro Nacional e a plataforma de investimento para acesso aos títulos públicos.

Ele foi criado em meados dos anos 2000 para facilitar o acesso aos títulos por pessoas físicas. Na prática, antes de o programa ser criado, somente empresas e fundos poderiam aproveitar tal investimento. Sua criação, portanto, ajudou a democratizar o acesso aos títulos públicos.

Então o Tesouro Direto não é uma modalidade de investimento, e sim uma espécie de ferramenta para realizar os aportes. E o Tesouro Nacional garante a recompra dos títulos em todo dia útil, ou seja, fornece liquidez para quem quiser vender antes do vencimento.

Quais são os títulos do Tesouro?

Para contemplar mais investidores e suas necessidades, os títulos do Tesouro apresentam diferentes características. Basicamente, há três tipos principais, que podem ter diferentes vencimentos e formas de pagamento de juros. 

Veja quais são os títulos do Tesouro e entenda o que cada um oferece!

Tesouro Selic

O Tesouro Selic é uma das alternativas mais conhecidas. Trata-se de um título pós-fixado e sua rentabilidade acompanha a Selic — a taxa básica de juros da economia brasileira. 

Logo, o rendimento do título pode variar ao longo do tempo. Se a Selic subir, a sua rentabilidade aumenta e se a Selic for reduzida, a sua rentabilidade diminui. 

A rentabilidade no Tesouro Selic tende a ser linear, pois o preço do título sobe diariamente de acordo com a Selic do dia. Portanto, é considerado o título mais conservador, pois não sofre tanto com a marcação a mercado e oferece menos risco em resgates antecipados. Pelo perfil de baixíssimo risco, possibilidade de resgate rápido (liquidez em 1 dia útil) e rentabilidade (100% da Selic bruta) em média superior à poupança, é uma alternativa bastante utilizada para reserva de emergência.

Tesouro Prefixado

O Tesouro Prefixado, como o nome indica, tem uma taxa de rentabilidade que é definida no momento da contratação. Na prática, você saberá o quanto receberá se deixar o investimento rendendo até o seu vencimento.

Contudo, por ter uma taxa fixa, está mais exposto à chamada marcação a mercado. Caso queira ou  precise vender o título antecipadamente, o Tesouro Nacional pagará o seu valor de mercado e, neste caso, há risco de perda ou potencial de ganho acima da taxa contratada.

Quanto mais longo o vencimento, maior o risco (volatilidade) e maior o potencial de valorização. A taxa é inversamente proporcional ao preço do título. Quando a taxa cai, seu preço se valoriza.

Há dois tipos de Tesouro Prefixado: o que paga os rendimentos apenas no vencimento e o que distribui juros semestrais. 

Tesouro IPCA+

Por fim, o Tesouro IPCA+ é uma modalidade híbrida. Ele tem uma taxa pós-fixada e outra prefixada. Na primeira parte, ele utiliza o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a variação da inflação no Brasil. 

Além dela, há o acréscimo de uma taxa fixa, definida pelo Tesouro e que pode mudar de acordo com o cenário. Na prática, significa que o seu dinheiro renderá acima da inflação. Quanto ao período de vencimento, há diversos títulos disponíveis e eles podem ser de médio e longo prazo.

Assim como o Tesouro Prefixado, por ter parte da sua rentabilidade definida por uma taxa fixa, está exposto também a marcação a mercado. Caso queira ou  precise vender o título antecipadamente, o Tesouro Nacional pagará o seu valor de mercado e, neste caso, há risco de perda ou potencial de ganho acima da taxa contratada.

Quanto mais longo o vencimento, maior o risco (volatilidade) e maior o potencial de valorização. A taxa é inversamente proporcional ao preço do título. Quando a taxa cai, seu preço se valoriza. E o Tesouro IPCA+ também tem títulos com rendimentos no vencimento ou com juros semestrais. 

Independentemente do tipo, as três aplicações oferecidas pelo Tesouro Direto guardam características em comum. Por exemplo, na tributação. Todos seguem a tabela regressiva de Imposto de Renda:

Fonte: Tesouro Direto

No caso de venda parcial antecipada, o sistema do Tesouro Direto vende automaticamente os títulos mais antigos (comprados a mais tempo), para que o investidor tenha a alíquota de Imposto de Renda mais vantajosa.

Como escolher entre eles?

Como você viu, os títulos do Tesouro têm características distintas e podem ser utilizados para diferentes objetivos, além de poderem ser atrativos em diferentes cenários, por isso é importante conhecer o funcionamento e risco de cada título para saber quais comprar na hora de diversificar sua carteira. 

Para investidores com perfil conservador ou necessidade dos recursos no curto prazo, o Tesouro Selic é mais indicado.

Para investidores com perfil moderado, pode-se tomar um pouco mais de risco com títulos indexados à inflação e prefixados de vencimentos de curto e médio prazo, caso enxergue atratividade nas taxas oferecidas pelo Tesouro, por exemplo, se espera uma queda dos juros futuros que ainda não foi precificada pelo mercado.

Para investidores com perfil arrojado ou com objetivo de longo prazo (ex: aposentadoria), que topa correr mais riscos, visando maiores retornos, pode-se adquirir os títulos Tesouro IPCA+ e prefixados com vencimentos mais longos, caso enxergue atratividade nas taxas oferecidas pelo Tesouro, por exemplo, se espera uma queda dos juros futuros que ainda não foi precificada pelo mercado.

E para investidores que pretendem receber rendimentos periodicamente para complementar sua renda, pode-se optar pelos títulos com juros semestrais.

Como ter acesso e investir no Tesouro?

Agora que você já conhece os títulos do Tesouro e como escolhê-los, é o momento de saber como realizar os investimentos. 

Para isso é necessário abrir uma conta em uma corretora de valores. Assim, você pode realizar seus investimentos pelo site ou aplicativo dela e, no mesmo local, acessa tanto o Tesouro Direto quanto outros investimentos de renda fixa, fundos, ações e fundos imobiliários.

Se você tem várias aplicações na sua carteira e em diferentes instituições (bancos, corretoras, FGTS…), uma forma de facilitar o processo de acompanhamento deles é por meio de um aplicativo que consolida investimentos. Desse modo, é possível ter uma visão completa do seu patrimônio — o que ajuda a tomar melhores decisões.

Como vimos, os títulos do Tesouro podem ser boas alternativas para investidores com diferentes perfis e objetivos. Para investir, contudo, é essencial conhecer suas características e considerar os tipos de títulos disponíveis, de modo a favorecer a escolha!

Se quiser ter mais visibilidade sobre esses e outros investimentos, conheça a Fliper e veja como podemos ajudar!

Quem se conhece, melhor investe 😉

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