4 maneiras de investir no exterior sem sair do país

Alocar o patrimônio em diferentes investimentos e mercados é uma forma bastante estratégica de proteger o seu dinheiro e ampliar as possibilidades de ganhos. Por isso, se você deseja aumentar seus rendimentos e ter mais segurança financeira, considerar investir no exterior pode fazer sentido.

No passado, a internacionalização dos investimentos era vista como algo trabalhoso e, muitas vezes, era mesmo um privilégio para poucos. Entretanto, no mercado atual, existem hoje diversas alternativas de investimento cada vez mais acessíveis aos investidores brasileiros. E não é necessário sair do país para aproveitá-las.

Pensando em ajudar você a saber mais sobre o tema, preparamos este artigo. Então continue conosco e confira 4 opções de investimento para quem deseja investir no exterior sem sair do Brasil. 

Boa leitura!

A importância de diversificar os investimentos em outros mercados

O mercado financeiro brasileiro, por diversos motivos, está sujeito a muitas oscilações nos preços dos ativos nacionais. As variações no preço do dólar são um bom exemplo da volatilidade brasileira.

Em cenários desfavoráveis para a economia brasileira, problemas políticos ou mesmo crises internacionais, as moedas fortes tendem a se valorizar frente ao real e ativos de risco brasileiros podem sofrer desvalorização.

Uma forma de se proteger é reduzir os riscos, mesclando ativos nacionais com investimentos de outros países. Essa alternativa também permite ao investidor proteger parte da carteira de outros agentes internos, como a inflação.

Mas, se você acredita que investir no exterior é uma tarefa trabalhosa e burocrática, precisa entender que existem alternativas acessíveis a qualquer investidor. E que não exigem a transferência de recursos para outros países.          

4 Formas de investir no exterior sem sair do país

Agora que você sabe a importância de diversificar a carteira de investimentos, que tal saber como investir no exterior? Confira 4 formas de fazer isso sem sair do Brasil!

  • ETF 

O Exchange Traded Fund (ETF) é um fundo de índice negociado na bolsa de valores que replica determinados índices. Entre as alternativas disponíveis aos investidores, existem aqueles que espelham índices do exterior. É o caso do ETF IVVB11, negociado na B3 (Bolsa brasileira). 

Esse ETF acompanha a performance do S&P500 — o índice americano que reúne as 500 maiores empresas de capital aberto dos Estados Unidos — além de ter sua rentabilidade atrelada ao dólar. E tem taxa de administração de 0,23% ao ano.  Essa é uma forma de investir em ações americanas sem precisar enviar recursos ao exterior.

Os ETFs são administrados de forma passiva por uma gestora e a negociação das cotas do ETF acontece durante o pregão da bolsa de valores brasileira, ou seja, acessível pelo Home Broker de sua corretora.

É importante lembrar que em investimentos no exterior que envolvem ações e dólar possuem riscos, portanto é necessário verificar se a estratégia está adequada com seu perfil e objetivos.

  • Fundos de investimento

Além dos ETFs, investir em fundos de investimentos com exposição ao dólar, ativos e índices internacionais também pode ser uma boa alternativa para diversificar sua carteira. A principal vantagem de investir no exterior por esse meio – assim como no caso dos ETFs – está na simplicidade.

Por serem fundos brasileiros, eles têm funcionamento semelhante a qualquer fundo no país – e são, portanto, previamente conhecidos pelos investidores nacionais. Basta conhecer as alternativas disponíveis, avaliar se as estratégias do fundo estão alinhadas aos seus objetivos e fazer o aporte.

É importante ressaltar, no entanto, que alguns fundos de investimento podem ser direcionados apenas a investidores qualificados — ou seja, que possuem mais de R$1 milhão comprovadamente investidos ou certificado para atuar como profissional do mercado financeiro. 

Além disso, é preciso ficar atento aos custos – avaliando, por exemplo, a taxa de administração cobrada.

  • BDR

O Brazilian Depositary Receipt (BDR) é um certificado que representa as ações emitidas por empresas no exterior. O produto, no entanto, é negociado no pregão da bolsa brasileira. 

Esses valores mobiliários têm como lastro ativos de companhias estrangeiras e também de empresas brasileiras que abriram capital no exterior. Ao investir no BDR, portanto, o investidor não está comprando diretamente a ação, mas sim um título representativo dela. 

Até meados de 2020, o BDR só estava disponível para os investidores qualificados. No segundo semestre do ano, no entanto, Comissão de Valores Mobiliários (CVM) alterou as regras dessa alternativa. Agora, o acesso dos investidores brasileiros aos BDRs – assim como aos próprios fundos de índice (ETFs) – ficou mais fácil.

O lote mínimo para aquisição dos BDRs e ETFs também foi reduzido. Assim, ter uma carteira exposta a ações de grandes empresas mundiais – como Amazon, Google e Microsoft – sem precisar enviar recursos para fora do país ficou muito mais simples.

  • COE

O Certificado de Operações Estruturadas (COE) é um produto que mistura ativos de renda fixa e de renda variável. Para atingir seus objetivos, o investimento combina títulos públicos e de crédito com estratégias em derivativos. E esta pode ser mais uma alternativa para investir no exterior sem sair do Brasil.

Afinal, a seleção de elementos para montar um COE pode incluir ativos no exterior e, em geral, é feita a partir de um cenário esperado para câmbio, juros e inflação. O objetivo é combinar títulos que possam ter um retorno superior ao CDI, se o cenário se concretizar. 

Esse tipo de investimento pode ter capital protegido. Isso significa que, se o COE não performar de acordo com o esperado, o investidor recebe o mesmo dinheiro que aplicou de volta, mas não corrigido pela inflação. Lembre-se, no entanto, que há também uma segunda alternativa, que mantém todo o capital em risco – e pode gerar perdas. 

Devido à possibilidade de lastro em ativos ou mercados do exterior, portanto, o COE pode ser mais uma alternativa de internacionalização da carteira sem a necessidade de abrir conta em corretora fora do Brasil.

Mas é importante ver se a estratégia do COE está alinhada com seus objetivos e perfil de risco. Verificar também os custos embutidos que podem ser altos, além do vencimento, pois geralmente não há muita liquidez para resgate antecipado ou a instituição financeira pode cobrar multa nestes casos.

Concluindo

Como você descobriu ao longo desse artigo, quem deseja investir no exterior e expor parte do seu portfólio à economia mundial, encontra, nos dias atuais, uma boa variedade de opções. E muitas delas são simples e acessíveis a qualquer investidor.

Portanto, se você acredita que alocar uma parte do seu capital em uma ou mais alternativas que trouxemos neste artigo, vale a pena saber mais sobre elas. Assim, ficará muito mais fácil avaliar as possibilidades e fazer investimentos mais alinhados aos seus objetivos e ao seu perfil de investimento também no exterior.

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