5 investimentos para 2020

Por Walter Poladian, CFP® *

A taxa básica de juros do Brasil (Selic) está no seu menor patamar histórico, a inflação segue controlada e a economia dá sinais de recuperação.

Como se vê, o cenário para 2020 continua muito promissor para os ativos financeiros.

Mas escolher onde aplicar seu dinheiro ainda é um dos principais desafios dos brasileiros, que estavam acostumados com retornos altos em investimentos conservadores.

Agora, para obter retornos acima da média é necessário correr riscos, mas que podem ser diluídos ao diversificar sua carteira.

Confira abaixo cinco investimentos que podem fazer parte do seu portfólio em 2020:

1 – Fundos DI sem taxa de administração

O primeiro investimento do portfólio deve ser alocado em uma aplicação de baixíssimo risco e que tenha possibilidade de resgate rápido.

Para a chamada “reserva de emergência”, algumas plataformas digitais disponibilizam fundos DI isentos de taxa de administração. São alternativas seguras, com resgate no mesmo dia e mais rentáveis que a poupança.

Além de ser a parcela conservadora do portfólio, este colchão de liquidez é importante para cobrir despesas de curto prazo e para aproveitar oportunidades de investimento que apareçam no caminho.

Ou seja, é o seu caixa remunerado.

2 – Fundos multimercados

O investimento em fundos multimercados é interessante para uma parcela da carteira, uma vez que os gestores conseguem realizar investimentos mais sofisticados e não acessíveis ao investidor pessoa física comum.

Esses fundos podem investir em ativos de renda fixa e variável, e acessar oportunidades no mundo inteiro, nos mercados de Bolsa, câmbio e juros.

Atualmente, é possível encontrar fundos de excelentes gestoras com aplicações mínimas mais baixas, antes acessíveis apenas aos milionários.

3 – Fundos imobiliários

Os fundos imobiliários também são bons instrumentos para compor o portfólio, uma vez que podemos ter um ambiente mais favorável para essa classe de ativo, com uma expectativa de melhora do mercado imobiliário e com os juros em patamares baixos.

Como o lote padrão dos FIIs é de apenas uma cota e algumas corretoras não cobram corretagem, não é necessário concentrar grande parte do patrimônio em apenas um fundo – é possível diversificar com fundos de edifícios comerciais, galpões logísticos, shoppings, entre outros.

Além disso, os rendimentos (aluguéis) dos FIIs são isentos de IR para pessoa física, sendo uma alternativa mais vantajosa do que investir em imóveis físicos.

4 – Ações

Com a melhora da economia e crescimento dos lucros das empresas, a compra de ações pode potencializar os retornos do portfólio, ao mesmo tempo que adiciona mais risco.

O investidor pode ganhar na valorização dos papéis e também na distribuição dos lucros pela empresa, via pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio.

Caso o investidor não tenha capital para diversificar o portfólio papéis  de diferentes empresas e setores, visando reduzir o risco, pode fazê-lo via ETFs ou fundos de ações.

5 – Dólar

É importante sempre ter uma parte do seu dinheiro em ativos que servem como proteção (hedge) para a carteira.

A moeda americana tende a se valorizar frente ao real em cenários desfavoráveis.

Uma vez que não sabemos quando um evento negativo poderá ocorrer, incluir seguros no portfólio permite ao investidor ter posições maiores em ativos de risco.

A Alocação em dólar pode ser feita via fundos cambiais, moeda em espécie ou com investimentos no exterior.

* Walter Poladian, CFP® é sócio-fundador do Fliper

Formado em administração de empresas pela FAAP, planejador financeiro certificado (CFP®) pela PLANEJAR, possui também a certificação PQO da B3 e é consultor de valores mobiliários na CVM. Com experiência de mais de dez anos no mercado financeiro, atuou como planejador financeiro na Empiricus e em passagem por duas grandes corretoras (Rico e Link), atuou como gestor da mesa de renda fixa, consultor de investimentos e operador (broker) nos mercados de ações e derivativos.

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