Glossário do mercado financeiro: conheça os principais termos da renda fixa!

Se você está buscando começar a investir, precisa conhecer os principais conceitos da renda fixa. Ela é a classe de investimentos geralmente utilizada por iniciantes no mercado. Isso porque pode apresentar mais previsibilidade e menos riscos de mercado. 

No entanto, é natural que os termos e siglas do mercado financeiro causem dúvidas. Por isso, preparamos um glossário do mercado financeiro para renda fixa. 

Você terá agora a oportunidade de entender diversos conceitos usados nesse meio. Aproveite!

ANBIMA

Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais. É uma entidade que representa diversas instituições do mercado financeiro, como bancos, gestoras e corretoras. Ela informa e educa os profissionais do mercado financeiro, empenhando-se pela qualidade dos serviços prestados por seus associados.

Benchmark

Índice usado como referência para a rentabilidade de títulos, fundos de investimento e carteiras de investimento em geral. Um dos mais comuns na renda fixa é o CDI, que explicaremos logo abaixo. Quando esse índice é o benchmark (referencial) de um investimento, a rentabilidade é expressa em porcentagem — por exemplo, 90%, 100% ou 110% do CDI.

CDB

Certificado de Depósito Bancário. É um tipo de título emitido por bancos para captar recursos. Aplicar em um CDB funciona como emprestar dinheiro para o banco, a fim de receber uma remuneração até o seu vencimento. Podem ter vencimento fixo ou com liquidez diária. Possui garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) e alíquota de imposto de renda é regressiva.

CDI

Certificado de Depósito Interbancário. Trata-se do empréstimo que dois bancos fazem entre si. As taxas de juros praticadas variam, mas geralmente são próximas à taxa Selic. A média das taxas praticadas em um período é conhecida como taxa do CDI, que é usada como referência em diversos investimentos de renda fixa.

CRA

Certificado de Recebível do Agronegócio. As operações de crédito para o agronegócio geram recebíveis que os bancos, por meio de securitizadoras, estruturam para emitir certificados passíveis de negociação. Estes são disponibilizados a investidores. É um título de renda fixa isento de imposto de renda para pessoa física, mas não possui garantia do FGC.

CRI

Certificado de Recebível Imobiliário. As operações de crédito para o setor imobiliário geram recebíveis. Assim como nos CRAs, providencia-se sua estruturação e a emissão de certificados, os quais são disponibilizados a investidores. É um título de renda fixa isento de imposto de renda para pessoa física, mas não possui garantia do FGC.

CVM

Comissão de Valores Imobiliários. É uma entidade que cria normas para o mercado de valores mobiliários e o fiscaliza. Vale ressaltar que no site da CVM, você encontra muitas informações importantes sobre as empresas listadas na bolsa,  fundos de investimento, entre outros. 

Debênture

Debênture é um título de dívida que as empresas emitem para captar recursos com objetivo de financiar suas operações. Aplicar em uma debênture é como emprestar dinheiro para a companhia em troca de uma rentabilidade. Se você investe em debêntures de uma empresa de capital aberto, você se torna um credor dela e caso invista nas ações, você se torna um acionista. Nas debêntures incentivadas, não há incidência de Imposto de Renda. E não há garantia do FGC.

FGC

Fundo Garantidor de Crédito. É uma instituição privada sem fins lucrativos que visa dar proteção aos investidores. Se você tiver um investimento coberto pelo FGC e a instituição financeira quebrar, esse fundo se encarregará de fazer a devolução do seu dinheiro. O limite para reembolso é de R$250 mil por CPF e por instituição, com um limite global de R$1 milhão renováveis a cada 4 anos.

Fonte: fgc.org.br

 

Fundo de investimento

Um fundo de investimento reúne recursos de um conjunto de investidores (chamados cotistas) com o objetivo de obter ganhos a partir da aquisição de uma carteira de ativos. Ao comprar cotas de um fundo, o investidor delega a um profissional a gestão do portfólio de investimentos, dando-lhe a responsabilidade de gerir seu dinheiro.

IPCA

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. É um indicador que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) calcula mensalmente para medir a variação da inflação (aumento dos preços). É considerado o índice oficial de inflação do Brasil e usado também para definir a rentabilidade de investimentos híbridos (ex: IPCA+taxa de retorno).

Gráfico do IPCA anual (em %) – Fonte: Investing.com

Juros

Remuneração do capital investido. É a taxa que o emissor paga para ter disponível o dinheiro do investidor pelo prazo determinado.

LC

Letra de Câmbio. É um título de renda fixa emitido por instituições financeiras, com objetivo de captar recursos para suas atividades. É um título de renda fixa que possui garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) e alíquota de imposto de renda regressiva.

LCA

Letra de Crédito do Agronegócio. É um título de renda fixa emitido pelos bancos que utilizam como lastro financiamentos para atividades do setor agrícola. É isento de IR para pessoa física e possui garantia do FGC.

LCI

Letra de Crédito Imobiliário. É um título de renda fixa que os bancos emitem com lastro em financiamentos para projetos do setor imobiliário. Também conta com isenção de IR para pessoa física e possui garantia do FGC.

Liquidez

Diz respeito à facilidade de se converter o investimento em dinheiro. Um título de alta liquidez é aquele que você pode vender com facilidade. Se ele tiver baixa liquidez, pode ser preciso manter até o vencimento ou vendê-lo por um preço inferior para encontrar alguém que se interesse. Quando você se depara com as siglas como “D+0”, ”D+1”,“D+30”, elas mostram o prazo de resgate do investimento.

Renda fixa

Renda fixa é uma classe de investimentos que se assemelham a empréstimos. A principal característica deles é o fato de a rentabilidade ser previsível se carregados até seu vencimento, uma vez que ela é acordada no momento da contratação.

Rentabilidade

É a taxa de retorno do investimento. Pode ser prefixada, quando é uma taxa fixa definida na contratação (ex: 6% ao ano). Outro tipo é a pós-fixada, quando é atrelada a um índice, como o CDI (ex: 98% do CDI). Existe também a híbrida, que tem um componente prefixado e outro pós-fixado (ex: IPCA+3% ao ano).

Selic

Taxa básica de juros da economia. Ela é usada como parâmetro para a remuneração dos títulos públicos, bem como para as operações realizadas pelas instituições financeiras em todo o país.


Título público

Título de dívida emitido pelo Governo Federal para financiar a dívida pública. Um deles é o Tesouro Selic, cuja rentabilidade é atrelada à taxa Selic. Outro é o Tesouro Prefixado, que tem uma rentabilidade definida em um percentual fixo.

Por fim, o Tesouro IPCA tem uma rentabilidade híbrida, com uma parcela atrelada ao IPCA e outra definida em um percentual fixo. Todos eles são ofertados no sistema Tesouro Direto.

Tesouro Direto

Tesouro Direto é o nome do sistema desenvolvido pelo Tesouro Nacional em parceria com a B3, a bolsa de valores brasileira. Ele visa à venda de títulos públicos para pessoas físicas de forma online.

https://www.tesourodireto.com.br/videos/iniciante-tesouro-direto.htm

Título privado

Título de crédito emitido por instituições financeiras ou empresas. Como exemplos, podemos citar CDBs, LCIs, LCAs, LCs e debêntures.

Tributação

Incidência de impostos sobre o lucro líquido obtido nos investimentos. O principal é o Imposto de Renda, cuja alíquota varia dependendo de uma série de fatores. Outro imposto é o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que incide em aplicações inferiores a 30 dias.

Esses são os principais conceitos que você precisa compreender para começar a investir. Entendendo todos eles, é possível tomar melhores decisões de investimento. Além disso, certifique-se de ter um bom planejamento financeiro para ter consistência nos aportes!

 

Como organizar sua carteira de investimentos?

Agora que você conheceu os principais termos do mercado financeiro e o que eles significam, lembramos que a diversificação dos recursos em diferentes classes de ativos e instituições financeiras pode dificultar o acompanhamento e controle do patrimônio.

Entrar no site de cada casa para buscar os informes de IR e classificar seus investimentos em uma planilha de excel pode dar trabalho e tomar muito tempo.

Visando solucionar este problema, a Fliper é uma plataforma (aplicativo e web) gratuita que consolida todos os seus investimentos de bancos, corretoras e FGTS, de forma automática, e ainda envia todos os informes de IR das contas conectadas de uma só vez!

Ainda é possível acompanhar gráficos de rentabilidade da carteira, evolução patrimonial, receber notificações de proventos, disponibilidade de liquidez, entre diversas outras funcionalidades que ajudam o investidor a tomar melhores decisões.

Quem se conhece, melhor investe 😉

Telas do app Fliper

Siga-nos

Últimos artigos

O primeiro ETF de criptomoedas da bolsa brasileira

0
As criptomoedas vêm ganhando notoriedade a cada dia, não só pela sua tecnologia disruptiva, de ser uma moeda digital, que pode ser...

BDRs X Stocks: qual a melhor alternativa?

0
Olhe para o seu celular ou para o seu computador. As marcas deles são nacionais ou internacionais? Percebemos que muitas das coisas que consumimos no...

Os 10 fundos imobiliários preferidos dos investidores, segundo levantamento...

0
Você sabia que fundos de investimento imobiliários (FIIs) podem ser uma boa alternativa para quem ainda não possui altos valores para investir em imóveis? Por...

Investindo no exterior por meio de ETFs no Brasil

0
  Cada vez mais temos acesso a diferentes tipos de investimento, devido à evolução e amadurecimento do mercado financeiro no Brasil. Vemos que muitas pessoas...

Similar articles

Instagram